Epitáfio
Confesso que não era bem isso que eu tinha em mente, quando me sentei para postar aqui. Pensei em escrever sobre a palavra que ouvira no sábado que se tratava de nossas escolhas. Pensei em compartilhar sobre o desenvolvimento da Dudinha. E durante minha leitura rotineira, de repente me vi pesquisando a cerca de Epitáfios.
Para quem não sabe o significado dessa palavra, a wikipédia traz a seguinte definição:
são frases escritas sobre túmulos, mausoléus e campas cemiteriais para homenagear pessoas ali sepultadas.
Pesquisando na web sobre o assunto encontrei um blog com um post muito engraçado sobre este tema. A autora usa exemplos inteligentes e satiriza o próprio dilema em pensar sobre o seu próprio epitáfio. Abaixo vou reproduzir uma parte desse texto e disponibilizo o endereço eletrônico para quem deseje ler na íntegra.
(...)*Depois de longas divagações fui buscar informações na Web, sempre nela. Descobri que algumas categorias profissionais já têm até padrões de epitáfios. Fantástico! Descobri, por exemplo, que o agrônomo gosta do “Favor regar o solo com Neguvon”, que o arqueólogo adora o “Enfim, fóssil”, que os cartunistas brigam para ter no túmulo a “Partiu sem deixar traços”, que a classe dos delegados sempre usa o “Tá olhando o quê? Circulando, Circulando”, ou que alguns funcionários públicos ainda usam o “Por favor, dirija-se ao túmulo ao lado”…
Descobri também que alguns traços da nossa personalidade ou de nosso comportamento podem por si só definir o epitáfio. O alcoólatra, por exemplo: “Enfim, sóbrio”. Aquele que sempre foi prevenido na vida: “Abrir de hora em hora”. O velho e manjado paquerador: “Você vem sempre aqui?”. Ou aquele que sempre amou a natureza e nunca se conformou com o burburinho das metrópoles: “Preferia estar vivo, nem que fosse em São Paulo!”. Tem ainda o epitáfio da ginasta: “Consegui! Consegui um salto mortal!”, do espiritualista: “Volto já”, do herói: “Aqui jaz o que correu para o lado errado”, do viciado: “Enfim, pó”, ou mesmo do fanho: “Anqui Janz…” .Tem de tudo.(...)
Brincadeiras à parte, num dos meus posts anterior, eu escrevi uma pregação que está no novo CD do Livres para Adorar que em certa parte diz o seguinte:
"O importante é eu viver como se não houvesse morte, pra que quando a minha hora chegar, eu venha a morrer como alguém que nunca quis viver."
Infelizmente, vc não precisa pensar na frase que estará na sua lápide, a maioria não pensa, quem o faz são nossos familiares, que tentam descrever em algumas palavras o que significamos para eles....mas, a forma como vc conduzirá sua vida, a sua postura, fará toda a diferença.
Confesso que não escrevi nada na lápide do Sebastian, ali estão apenas a data de seu nascimento, de seu falecimento e seu nome completo. Um carrinho de madeira com flores. Nenhuma frase que possa expressar o que ele significa para nós.
Por curiosidade busquei na Bíbia algumas passagens que pudessem descrever com tamanha intensidade o que meu filho foi para mim.
2Tm 4:7-8
Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.
Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
João 11:25-26
"Eu sou a ressurreição e a vida. aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá."
Rm 8:38-39
Pois estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.
Poderia ter perdido tudo que mais amo, mas, em Cristo aguardo com alegria o dia de reencontrá-lo. Para nosso amado filho Sebastian que nos ensinou que Deus é bom!
Essa semana faz 3 anos que o Gú foi para o Pai....não fiz nenhum epitáfio para ele, na verdade, nem havia me dado conta disso....
Mas, jamais apaguei de meu coração seu exemplo, sua fé, seu amor. A verdade é que resumir uma vida em palavras dura tarefa é. Enquanto divagava sobre isso, nenhuma palavra me parecia adequada, ou significativa. Tão pouco acredito eu, que isso tenha alguma relevância para os que ficam. A coisa mais importante que você pode aprender é amar e ser amado por alguém.
Não conheço ninguém que tenha sido impactado por frases saudosas em placas frias de metal. O que edifica nossa fé, são a postura e a forma de conduzir a vida, quando vivo. E o que nos prepara para o dia cinzento é a convicção de que isso não é o fim, mas, o começo. Essa é a certeza daqueles que crêm em Cristo e aguardam o reencontro com os que amam.
Obrigada filho amado, por me ensinar em vida, a manter os olhos em Cristo!
(epitáfio virtual)
paz!
*(http://cultura.updateordie.com/humor/2009/05/29/epitafio-agora/)

Ás 11:13
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