MUDARAM AS ESTAÇÕES... !!!! Essa semana, fui levada a refletir profundamente, sobre estações. Sobre tempos. Na simplicidade que há em Deus fui levada a contemplar sua criação. Por que as folhas caem no outono? Devo ter estudado isso,mas, confesso que num primeiro momento minha resposta foi rasa. Vaga. Assim como na natureza, nossa vida também possui estações. Eclesiastes é sempre uma referência citada nesses casos; há um tempo certo para todas as coisas. Muitas vezes, não reconhecer o tempo que estamos, nos faz sentir desajustados, não pertencentes, desalinhados. O fato de uma igreja estar num tempo espiritual nem sempre significa você estar no mesmo tempo, e nem sempre significa imaturidade ou rebeldia. O fato de você estar vivendo um verão espiritual não significa ser o mesmo tempo da nação que vivemos. Esse último ano curiosamente meu outono espiritual começou em março de 2011 e se estendeu até comecinho de março de 2012. Numa simples mudança, tão sutil quanto o folhear de páginas de um calendário, pude sentir meu espírito adentrando numa nova estação. Em nossa caminhada, impreterivelmente, estaremos passando por estações (primavera, verão, outono e inverno). Não apenas naturalmente, mas, espiritualmente. E todas são importantes. Quando vivemos períodos espirituais de grandes chuvas, de favor imerecido, de bençãos sem medida, e não valorizamos o inverno, enfrentaremos sérios problemas. Acostumar-se com a presença, o favor, o milagre não nos faz criar raízes profundas. Ao contrário, a característica de plantas acostumadas a terra molhada são possuir raízes curtas, superficiais. Nos dias frios, cinzentos, eles não buscarão água no profundo.....simplesmente suas experiências, suas vidas e a não vivencia madura das estações, lhes fez plantas superficiais. Pessoas desejosas da benção. Foi durante meu outono espiritual que aprofundei ainda mais minhas raízes. Foi no silêncio total de Deus que agucei ainda mais minha audição. Foi na ausência do maná vindo do céu, que aprendi a jejuar. Foi quando pensei morrer de sede, que cavei meus poços. Foi o outono que me fez mais forte. Me fez mais simples. Me fez como na natureza me desprender das folhas que por tanto tempo me alimentaram, me mantiveram forte, me protegeram. Me vi descoberta. Me vi vulnerável. Me vi não apenas como pensei que fosse. Me enxerguei pequena e frágil. Como escrevi no post anterior, vivia tantos verões espirituais, tantos períodos de abundante chuva, que me esqueci como era dificil manter-se viva no deserto. Esqueci a compaixão pelos que não viviam o mesmo tempo que eu. Verões demasiados criam pessoas soberbas espiritualmente. Me senti um Pedro aquecido pelo fogo de JESUS. Eu jamais te negarei, jamais! Quando a estaçaõ mudou naquela noite, o outono de Pedro lhe mostrou quem ele era. Não eu não neguei Jesus. Não abandonei a fé. Apenas aprendi, que longe dos doentes, dos famintos, dos sedentos, dos injustiçados, eu vivo uma fé cauterizada e religiosa. Meu outono me ensinou isso. Todos sempre sabem o porque de estarmos vivendo algo, sempre temos nossa própria caixinha de respostas. De conhecimento. Meu outono me fez jogar fora minha caixinha, e me aprimorar no amor de Cristo. No natural minha estação favorita é o inverno. Amo o clima mais seco. Mas, espiritualmente, amo o tempo da chuva. Mas, não posso me ater e nem reter minha vida numa determinada estação. Preciso apreciar com entendimento correto os invernos espirituais, que exigem uma fé madura, uma abnegação e desprendimento do superfluo. Um tempo de buscar mais profundo para manter-se vivo. Preciso reter as chuvas do verão, para que meus poços não sequem. Preciso florescer e frutificar nas primaveras. O meu tempo não se alinhava com o da maioria ao meu redor. Era o agir de Deus para comigo. Me ensinando a entregar ainda mais. A morrer mais um pouquinho. As folhas caem no outono, para sobreviver ao inverno. Desprendendo-se do velho, para manter-se aquecida. As folhas caem assim como nossos achismos, padrões, julgamentos. Meu momento com Deus, me fez mais forte. Quando expos minha fraqueza. Me fez mais humilde, quando entendi minha arrogância. Agradeço esse tempo, por me levar ao próximo nível. Agradeço a pressão que me impulsinou para o Alto. Hoje vislumbro a luz dos primeiros raios da primavera. Entendi que esse tempo também passará. Não permanecerá para sempre. Virão os dias de calor, de chuva, de favor, de bençaõ, sim eles virão. Mas, já não vivo como se dependesse deles, ou se invernos e outonos não existissem. Não existe uma igreja que viva apenas os milagres. Nem líderes que possam pregar apenas isso. Pessoas que creem ou esperam apenas uma estação, viverão frustradas, sem experimentar a profundidade da fé. Fé se desenvolve e se aperfeiçoa nos invernos, já que é crer no que não pode ver. Hoje, estou feliz, por contemplar a nova estação. Seja bem-vinda Primavera Espiritual!!!!

Ás 15:35
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